Prefeito:
Moacir Andreolla
Endereço:
AV. 28 DE SETEMBRO, 711
CEP: 86895000 – Novo Itacolomi – Paraná – Brasil
FONE: (43)-3437-1116 FAX: (43)-3437-1116
Dados Gerais
População: 2.827 habitantes (IBGE/2010)
Distâncias
– Da Capital : 402 km
– Do Porto de Paranaguá: 493 km
– Do Aeroporto mais próximo: 79 km (Londrina)
Dados Geográficos
Área: 150,437 km2
Altitude : 620,00 metros
Latitude : 23° 45′ 00” Sul
Longitude : 51° 30′ 00” W-GR
Clima:
Clima Subtropical Úmido Mesotérmico, verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22° C), invernos com geadas pouco frequentes (temperatura média inferior a 18° C), sem estação seca definida.
Data de Aniversário: 28 de setembro
Padroeira: Nossa Senhora da Glória – 15 de agosto
Emancipação Política: 28 de setembro
AS ORIGENS
O avanço da cafeicultura e da ferrovia, nas primeiras décadas do século XX, marcaram a ocupação da região Norte do Paraná. Edelaine Nabarreti Delgado e Edivando Vitor do Couto, na dissertação “Município de Novo Itacolomi: do Nascimento de um Pequeno Povoado aos Dias Atuais”, lembram que até a década de 30 a parte identificada como Norte Novo permaneceu praticamente intocada.
No final dos anos de 40, com a comercialização das terras por parte da CTNP/CMNP (Companhia de Terras Norte do Paraná/Companhia Melhoramentos Norte do Paraná), a região começou a ser desbravada.
O total de terras colonizadas pela CTNP/CMNP, corresponde a um total de 546.078 alqueires paulista de terras. Fundou 63 cidades e patrimônios, comercializou lotes com 41.741 compradores, com áreas variando entre 5 e 30 alqueires, além de 70.000 datas urbanas com cerca de 500 metros quadrados cada.
Ainda, de acordo com a CTNP (1975), cidades como Maringá, Cianorte, Londrina e Umuarama foram planejadas nos mínimos detalhes para se transformarem em metrópoles. Entre essas cidades, fundaram pequenas cidades, cuja finalidade era servir como centro de abastecimento para a numerosa população rural. Essas pequenas localidades, na atualidade, transformaram-se em cidades constituídas e, mesmo não sendo planejadas com o intuito de progredirem, algumas se transformaram em centros regionais, como Arapongas e Apucarana. Afirma-se que essas cresceram e se desenvolveram por si só, uma vez que a Companhia se limitou a construir nestes locais um escritório, uma estação de jardineiras e uma escola.
“Foi nessa seqüência de desmembramentos que, no ano de 1990, criou-se o município de Novo Itacolomi, através do Decreto Lei nº. 9387, de 28 de setembro de 1990, condicionada à aprovação popular em plebiscito. O mesmo foi realizado após um ano e um mês aproximadamente, 27 de outubro de 1991, quando a população itacolomiense compareceu em peso: dos 1281 eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral, 1.103 compareceram e votaram a favor da criação do ‘tão sonhado’ município de Novo Itacolomi”, explicam Edelaine Nabarreti Delgado e Edivando Vitor do Couto.
Só aconteceu, porém, sua efetiva instalação com a posse do 1º prefeito em 01 de janeiro de 1993. O município de Cambira conseguiu sua emancipação política de Apucarana no ano de 1961, permanecendo com Itacolomi como distrito até a data da emancipação desta localidade.
Os primeiros colonizadores que chegaram a Novo Itacolomi vieram por volta de 1947, na maioria advinda do Estado de Minas Gerais, atraídos pelos comentários da famosa terra roxa, que naquela época era propagada como “a ideal” para o plantio do café.
A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, ao criar Cambira, não acreditava que pudesse surgir uma cidade tão próxima de Apucarana e de Jandaia do Sul. Assim, projetou a Vila Itacolomi, com 314.000 m², equivalente a 12,97 alqueires, que hoje se constitui na sede do município de Novo Itacolomi. Embora naquele momento de início de colonização (final da década de 1940) fosse apenas um povoado, Novo Itacolomi nasce da mesma forma que se iniciava uma grande cidade projetada. Seguindo o modelo adotado pela CTNP, o povoado fora planejado no alto de um espigão, assim como a estrada que lhe dava acesso.
“A mata fechada, tomava conta das terras desta localidade, embora fosse aos poucos sendo derrubadas pelo golpe do machado. Segundo arquivos da Prefeitura do Município de Novo Itacolomi, o nome fora dado pela própria Companhia, que de início designou como Vila Itacolomy. Outras denominações, porém, foram dadas, como Taquaras, Patrimônio das Taquaras, São Sebastião de Itacolomi, Itacolomi e Novo Itacolomi”, acrescentam Edelaine Nabarreti Delgado e Edivando Vitor do Couto.
A propaganda realizada pela CTNP era muito atrativa e atraía, sobretudo, os habitantes da região do sul de Minas Gerais e foi, em grande quantidade, que de Bom Jardim de Minas e Taboão partiram para Novo Itacolomi boa parte de seu povo.
Uma das grandes dificuldades encontradas pelos colonizadores era o meio de transporte. O senhor Adolfo Marcelino de Almeida adquiriu um caminhão em sociedade com outras pessoas, a fim de realizar o transporte de pessoas até as cidades de Cambira e Apucarana. Por volta de 1965, as florestas estavam praticamente todas derrubadas e em seus lugares, plantados os cultivos de arroz e feijão, além do café que ocupava a maioria das terras altas da região. As pastagens que abrigavam os animais usados para prepararem a terra a fim de poder realizar o cultivo das próprias lavouras. A boa fertilidade das terras fazia com que a produção do café fosse alta, permitindo que com duas ou três colheitas o agricultor conseguisse pagar suas próprias terras ou até comprar novas. Não era preciso gastar com adubos e defensivos. Trabalhavam como meeiros, porcenteiros e arrendatários. A produção de café empregava famílias inteiras.
“Na década de 1960, ocorreram várias geadas, mas os cafezais ainda resistiram parcialmente e continuaram a produzir mesmo que em menor escala. Ocorreram também problemas na conjuntura política e econômica mundial que afetou o comércio cafeeiro fazendo com que muitos cafeicultores cortassem seus cafezais. Porém, foi no ano de 1975 que a geada pôs fim em definitivo aos sonhos dos cafeicultores, o que causou como resultado uma brusca mudança na paisagem local, uma vez que cultivos como a soja e o milho foram sendo introduzidos e intensificou-se o êxodo rural”, destacam Edelaine Nabarreti Delgado e Edivando Vitor do Couto.